Padre Alisson Marlon, assessor da liturgia na Diocese, traz reflexões de alguns Domingos do Tempo Comum e Solenidades Festivas abaixo, até o a entrada do mês de setembro, além de dicas de alguns Cantos, que podem auxiliar Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística e equipes de liturgia.
17º Domingo do Tempo Comum
As palavras de Jesus são sedutoras. Encontrar-se com o Pai é verdadeiramente descobrir um tesouro, o mais belo e atrativo, diante de tudo que estamos vivendo e desfrutando. Jesus nos comunica sua experiência de Deus, que transformou por inteiro sua vida e, da mesma forma, transforma a nossa. Buscar ao Pai e o seu Reino de verdade e justiça, não causa tristeza nem amargura; ao contrário, alegria e traz paz, porque descobrimos onde está a verdadeira felicidade. Só o que faz o ser humano ser bom pode fazê-lo feliz.
Transfiguração do Senhor
(Festa)
Os discípulos caem ao chão cheios de espanto diante do que vêem. Mas o Senhor aproxima-se deles como só Ele sabia fazer. Tocou-os e disse-lhes: “Levantai-vos, não tenhais medo”. Também nós cristãos de hoje não tenhamos medo de escutar Jesus, de colocá-lo no centro de nossa vida e comunidade, de fazer Dele a única e decisiva Palavra. Jesus que pode nos libertar dos medos, covardias e ambiguidades, se nos deixarmos transformar por Ele.
Cantos para a Festa da Transfiguração
Entrada: Vimos aqui, meu Senhor, para cantar; Vem, eu mostrarei.
Aclamação: Antífona do Evangelho.
Oferendas: Bendito seja Deus Pai; Mestre (Pe. Joãozinho).
Comunhão: Então da nuvem luminosa dizia uma voz; Pão da vida; Meu tesouro.
Final: Escutai a minha voz; Levanta-te (Tema RCC 2023);
19º DOMINGO DO TEMPO COMUM
O texto do Evangelho deste Domingo nos leva a refletirmos sobre a fé, seja como indivíduos seja como Igreja. Temos fé? Como é esta fé? A barca é a vida de cada um de nós, mas é também a vida da Igreja; o vento contrário são as dificuldades e as provações. Quando não nos agarramos à Palavra do Senhor, mas nos apoiamos em outras crenças ou superstições, começamos a afundar. Significa que a fé não é tão firme. A fé nos oferece a segurança de uma Presença, a presença de Jesus, que nos dá forças no caminho, dando sentido diante dos problemas da vida.
ASSUNÇÃO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA
(SOLENIDADE)
Elevada ao céu, Maria indica a via de Deus, a estrada do céu, o caminho da vida. Mostra-a e abre-a aos pequeninos e aos pobres, prediletos da misericórdia divina. Nossa Senhora engrandece o Senhor, não os problemas pelos quais estava passando, mas o Senhor. Pelo contrário, nós nos deixamos abater pelas dificuldades e pelo medo. Maria como sua confiança total em Deus. Aqui nasce a alegria, não da ausência de provações, que mais cedo ou mais tarde vêm, mas da presença de Deus que nos ajuda, que está próximo de nós.
Cantos para a Solenidade da Assunção (Cor: Branca)
Entrada: A escolhida; De alegria vibrei no Senhor; No céu surgiu um sinal; Maria da Assunção.
Aclamação: Antífona do Evangelho.
Oferendas: Maria nas bodas de Caná; Sobe a Jerusalém; Bendito é o fruto.
Comunhão: Quando o Pai revelou o segredo; É bom estarmos juntos; A primeira que comungou; O Senhor fez em mim maravilhas!; Maria, minha Mãe, Maria.
Final: Imaculada; Ave Rainha do Céu; Quem é esta que avança; Com minha Mãe estarei; Nossa Senhora da Assunção.
21º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Uma pergunta decisiva: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” não é dirigida só a seus primeiros seguidores. É a questão fundamental à qual devemos responder sempre que nos confessamos cristãos. A pergunta de Jesus não nos pede simplesmente nossa opinião, mas nos questiona principalmente sobre nossas atitudes diante dele, num seguimento concreto. Uma opção radical: ou Jesus é para nós mais e qualquer personagem que passou pela História, ou Ele é a Pessoa decisiva que nos traz a orientação certa para nossa vida e que nos oferece o sentido e a esperança definitiva.
22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Quando Pedro se abre com simplicidade à revelação do Pai e confessa Jesus como Filho do Deus vivo, converte-se em “Rocha” sobre a qual Jesus pode construir sua Igreja. Quando, seguindo os interesses humanos, pretende afastar Jesus do caminho da cruz, converte-se em “tentador”. Acontece também a nós! Em momentos de devoção, de fervor, de boa vontade, de proximidade ao nosso irmão, olhamos pra Jesus e vamos em frente; mas nos momentos que Ele vai ao encontro da cruz, queremos fugir deste caminho. É típico do Diabo nos afastar da cruz de Jesus. Tenhamos coragem em seguir o Senhor!
Pe. Alisson Marlon
Assessor da Pastoral Litúrgica