No dia 06 de março, a Diocese de União da Vitória celebrou 38 anos de sua instalação. Também Dom Walter Michael Ebejer, hoje bispo emérito, fez 38 anos de episcopado, dos quais, 30 servindo como bispo diocesano, sendo ele o primeiro bispo da Diocese.
Em 2007, a Diocese de União da Vitória ganhou seu segundo bispo, Dom João Bosco Barbosa de Sousa, que a dirigiu por 7 anos, sendo em 2014 nomeado e transferido para a Diocese de Osasco – SP.
Atualmente a Diocese de União da Vitória está sendo administrada pelo seu Administrador Diocesano, padre José Levi Godoy, aguardando assim, a chegada de seu próximo pastor, que dará continuidade à caminhada da Igreja Particular de União da Vitória construindo junto a história da Diocese, iniciada com Dom Walter, no ano de 1977.
Breve História da Diocese:
A Diocese de União da Vitória foi criada pela Bula Pontifícia Qui Divino Consilio, do Papa Paulo VI, no dia 3 de dezembro de 1976. Foi territorialmente composta de áreas tiradas da Diocese de Ponta Grossa, da Arquidiocese de Curitiba e da Diocese de Guarapuava, composta de onze municípios do sul do Paraná, com uma população de talvez menos de 200.000 habitantes. Os municípios de General Carneiro e Bituruna, tirados da Diocese de Palmas, foram anexados a União da Vitória só em 9 de fevereiro de 1984, com o Decreto da Congregação para os Bispos “De mutatione finium”. Isto fez com que a nova configuração territorial, agora com mais de 10.000 Km², colocasse a diocese no nono lugar, territorialmente, entre as dezessete dioceses paranaenses do Rito Latino.
No momento de sua instalação, 06 de março de 1977, a diocese tinha menos de 8.000 Km², com onze municípios, doze paróquias (sendo quatro no perímetro urbano de União da Vitória, com oito padres) e um total de 18 padres, sendo 4 seculares e 14 religiosos, com 4 municípios sem padres, mais 40 religiosas de várias congregações.
No dia 6 de março de 1977, no Estádio Ferroviário, assume o primeiro bispo, Dom Walter Michael Ebejer, numa cerimônia que contou com a participação de mais de 14 bispos do Paraná e de Santa Catarina e do Núncio Apostólico Dom Cármine Rocco.
Após a sagração episcopal de Dom Walter Michael Ebejer, O.P., foi oficialmente instalada a Diocese, e dando a nova Cátedra simbólica da diocese ao seu pastor, que desde então declarou que iria se concentrar na formação de líderes leigos e de novos sacerdotes.
Dedicou-se a partir daí visitando assiduamente o interior e suas comunidades/capelas, expondo as diretrizes pastorais, incentivando o espírito comunitário, a implementação do Culto Dominical, a formação de Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (MECEs). Entre outros projetos, ampliou a Rádio Educadora, emissora da Diocese, iniciou o Boletim Diocesano “Estrela Matutina”, hoje com 12.000 exemplares, reforçou a catequese e as associações religiosas. Destacou também seu trabalho, uma campanha em cada capela, de mentalização contra o Êxodo Rural, que estava ameaçando os pequenos agricultores e esvaziando o interior, e a adoção de modernos sistemas de agricultura. Também dedicou tempo dirigindo pessoalmente inúmeros cursos de formação para leigos. Foi reitor do seminário maior e, até hoje, é professor de filosofia e teologia.
Em fevereiro de 1984 foi inaugurado o primeiro bloco de quatro andares do Seminário Diocesano Rainha das Missões, para os alunos do seminário menor e do Propedêutico, inaugurando o Curso Institucional de Filosofia em 28 de janeiro de 1985, e o de Teologia em 22 de fevereiro de 1987. Em seguida, abriu as portas do seminário para religiosos locais e seminaristas de dioceses do centro e do nordeste do Brasil, formando bom número de padres para essas dioceses.
A diocese ordenou os primeiros diáconos permanentes em 1982, formados na Escola de Formação Permanente durante cinco anos; União da Vitória foi a segunda diocese do Paraná a estabelecer o diaconato permanente.
Muito trabalho entre as comunidades agrícolas pelo Bispo e os padres, na formação dos primeiros sindicatos rurais da região e de uma pastoral Rural dinâmica e juvenil. A diocese organizou enorme rede de socorro e de cozinhas comunitárias durante as desastrosas enchentes de 1983, e uma campanha de distribuição de móveis (camas, colchões, guarda-roupas, mesas, etc.) a milhares de pessoas, financiada por benfeitores brasileiros, firmas internacionais, dioceses (inclusive a Santa Sé), a Cáritas Brasileira, a LBA, e outros, conseguindo construir dezenas de casas de material para os desabrigados.
Atualmente a diocese tem mais de quarenta sacerdotes, entre eles 27 do clero secular, 13 diáconos permanentes e outros candidatos a serem ordenados e, em torno de 40 religiosas. As paróquias são 25, com mais de 400 comunidades.
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Pe. Marcelo
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