Por, Pe. Alisson Marlon de Moura
O ano está para findar-se. A pouco tempo vivenciamos o Dia de Ação de Graças, em que recordamos as experiências que vivemos: alegrias e tristezas, dor e consolação, entregando nossa vida totalmente às mãos de nosso Pai. E agradecidos, O louvamos pelas maravilhas e bens que faz a nosso favor.
O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito Santo e do testemunho (At 1,8), mas é também tempo de alegrias e esperanças, marcado pelas tristezas, angústias e tentações de todos os homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem; de todos os discípulos de Jesus.
Por este motivo, necessitamos de um coração humilde e confiante que nos faz “retornar à condição de crianças” (Mt 18,3), porque é aos “pequeninos” que o Pai se revela (Mt 11,25). Temos de ter, neste tempo propício, um olhar sobre Deus, que inflama com um grande fogo de amor, nossa vida, a História e toda a Criação.
Sinal de Esperança
A vida cristã é um caminho progressivo à plena comunhão com Deus. A liturgia possibilita viver a própria vida na Vida Divina que se torna realidade em nossas celebrações. Tudo isso se dá na vida, prolongando na história o grande memorial do Senhor (Lc 22,19).
É o Espírito Santo que nos ensina a celebrar a Liturgia na expectativa da vinda de Jesus. Ele nos educa a rezar na esperança. Nos ensina a fixar a nossa esperança em Deus: “Esperei ansiosamente no Senhor” (Sl 40,2). Deus nos guarda na esperança que não decepciona (Rm 5,5).
A esperança é a âncora da alma, segura e firme (Hb 6,19). É uma arma que nos protege no combate da salvação (1Ts 5,8) e nos traz alegria mesmo na provação (Rm 12,12). Ela não anula a realidade, mas a deixa clara, nua e crua diante dos olhos.
A liturgia acontece enquanto esperança na vida do povo, onde Deus se manifesta. Este é o mistério de Deus que na Missa se realiza na vida de cada cristão. Liturgia é esperança! Uma esperança que cura e liberta, que não tira a alegria dos olhos mesmo em meios aos sofrimentos.
Ela é sinal de esperança na vida. Um sinal que impulsiona a sempre caminha rumo à Trindade, razão da nossa Esperança. Este é o autêntico espírito litúrgico, que manifesta com a vida o mistério divino.
Refletindo
Para viver, crescer e perseverar na fé, devemos alimentá-la pelo encontro com Jesus na oração, na sua Palavra, na sua vida imolada na cruz que nos é dada na Eucaristia, no testemunho dos santos e na escuta atenta à voz do Espírito Santo que fala pela Igreja.
Peçamos ao Pai que aumente a nossa fé, que nos faça agir na caridade, que impulsione nossa vida na esperança, para combatermos o bom combate decididos a ter uma vida cristã consciente, ativa e plena. Nesta preparação para o Natal, deixemos que o Menino Jesus se faça presente em nossa vida, que se enraíze em nosso coração.
“Que o Deus da esperança vos cumule de toda alegria e paz em vossa fé, a fim de que pela ação do Espírito Santo a vossa esperança transborde” (Rm 15,13).
Referências:
– Bíblia Ave Maria;
– Catecismo da Igreja Católica.
Texto: Pe. Alisson Marlon de Moura – Par. São Mateus