Um elemento importante na formação do jovem que deseja ser padre é alimentar a sua vida espiritual, aprender a ter uma intimidade, uma sintonia grande com Deus, o qual lhe chama para a vocação. Pensando nisso, a equipe de formação do Seminário Diocesano Rainha das Missões, em União da Vitória reserva sempre uma data anual para que os seminaristas, junto com seus formadores possam se retirar alguns dias de suas atividades pastorais e acadêmicas para dedicar um tempo especial à oração e meditação.
O retiro deste ano, aconteceu nos dias 08, 09 e 10 de agosto em uma chácara de propriedade do senhor Alceu Ravanello e de sua esposa Margarete, na localidade de Fluviópolis, próximo a São Mateus do Sul – PR. Esse ano, o pregador do retiro foi o superior do Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo, de Campo do Tenente, próximo à cidade da Lapa – PR, Abade Dom Bernardo Bonowitz, que veio até o local trazido pelo Pe. Emílio Bortolini, o qual também leciona no mosteiro. Esse Mosteiro Trapista é o único no Brasil de linha masculina, tendo um da linha feminina no Rio Grande do Sul.
Nesses três dias, os 14 seminaristas e seus formadores, Pe. Sidnei Reitz e Pe. Rodrigo S. Reitz, aprenderam com o monge caminhos e exercícios de oração para treinar e fortalecer a espiritualidade. Foi abordado temas como O que é Espiritualidade, O exercício da Letcio Divina (Leitura Orante da Sagrada Escritura); Etapas da Oração Pessoal e, a Espiritualidade dos Salmos, muito bem vivenciada na história monástica.
Essa experiência da espiritualidade vivida pelos monges na oração pessoal e em comunidade foi assimilada pelos seminaristas de forma a viverem isso na sua vida pessoal e na vida de seminário. Segundo Dom Bernardo, é possível se viver esse contato com Deus mesmo em um mundo mais barulhento ou em uma rotina mais agitada. “Não acredito que Deus não aponte formas e caminhos para descobri-lo, ter contato com Ele mesmo no mundo agitado diferente de um mosteiro”, diz o monge.
Além da celebração da missa e das conferências feitas por Dom Bernardo, os seminaristas tinha um tempo para reflexão pessoal, auxiliados pela calmaria e pela beleza do local do retiro. Entre alguns momentos de descontração, estava a hora da refeição, preparada pela própria cozinheira do seminário, Maria de Fátima Pinho.
O retiro terminou no domingo após o almoço, e depois de desfrutarem um pouco mais do local no período da tarde, os jovens seminaristas voltaram para suas atividades no seminário.