A Diocese de União da Vitória recebeu no dia 9 de novembro, sábado, a visita do arcebispo de primaz da Polônia, Dom Jósef Kowalczyk. Sua visita se deu pelo motivo das comemorações dos 60 anos da Reitoria da Missão Católica Polonesa no Brasil, com sede em Curitiba – PR. Essa Reitoria tem a finalidade de manter o contato com os missionários poloneses nos países onde fazem missão, cuidando também para que os descendentes de poloneses tenham uma assistência espiritual nos países onde vivem. Tem o título de “primaz” o arcebispo que dirige a Arquidiocese mais antiga do país. E na Polônia essa Arquidiocese é Gniezno, e o seu arcebispo é tradicionalmente o patrono e o protetor dos missionários poloneses que vivem no exterior.
Com um programa de visitas, de 5 a 17 de novembro, em cidades onde há poloneses e descendentes o arcebispo de Gniezno visitou o Rio Grande do Sul, o Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Na Diocese de União da Vitória, passou primeiro pela cidade de São Mateus do Sul, onde está situada a Igreja Centenária Polonesa, na comunidade de Água Branca. Lá foi recebido pelo padre Silvano Surmacz, padre Fabiano Bulcovski, membros da Representação Central da Comunidade Brasileiro – Polonesa no Brasil (BRASPOL), o prefeito da cidade, Clóvis Ledur e toda a comunidade.
Também visitou Rio Claro do Sul, onde está o Santuário Diocesano de Nossa Senhora do Rosário. Lá foi recebido pelo pároco, padre Anderson Spegiorin, religioso da Congregação Sociedade de Cristo, membros da comunidade e autoridades da cidade de Mallet e Rio Claro do Sul.
Em Rio Claro do Sul, o arcebispo, juntamente com seu secretário, o Reitor da Missão Católica e alguns padres foram recebidos no sábado às 12h para o almoço. Às 15h foi celebrada a missa em polonês, seguida depois de apresentações culturais do grupo folclórico polonês Kraków, da cidade de Rio Claro e, por fim, o pronunciamento das autoridades de Mallet.
Notas históricas – Segundo padre Anderson, a Colônia de Rio Claro foi escolhida também para a visita do arcebispo por ter um sentido histórico da grande imigração polonesa que veio há 120 anos. “Pela autorização de Dom Pedro II, no finalzinho do Império, as terras foram mapeadas por um engenheiro polonês chamado Edmundo Wos Saporski, que foi também o primeiro deputado polonês pelo estado do Paraná”, afirma o padre.
Ainda segundo o Pe. Anderson, para Rio Claro que está praticamente na sexta geração dos imigrantes ainda mantendo as tradições, a visita do primaz motiva a continuidade das tradições. “Essa visita será um marco histórico para a cidade além de ser um momento de se encontrar e sentir a autoestima de ser descendente de poloneses”, complementa padre Anderson.
No Brasil, a presença dos poloneses é datada desde o ano de 1869 quando de sua imigração, e desde essa época o povo polonês cultiva no país as sua tradições de origem como a língua, a culinária, e principalmente a raiz religiosa. Dom Jósef Kowalczyk mostrou-se realmente emocionado por ver o povo cantar e rezar na língua de seus antepassados, preservando a riqueza das tradições.
Dom Jósef Kowalczyk celebrou também a missa no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, no dia 15 de Novembro, antes de chegar ao Rio de Janeiro, última etapa de sua visita. Sua breve passagem deixou muito animadas as comunidades polonesas tanto na vivência da fé quanto no cultivo das belas tradições desse povo.