“A Liturgia é o serviço da verdade do Mistério pascal e da participação de todos os batizados, cada um com a sua vocação” (DD, n. 62). Sabendo que bispos, padres e diáconos, têm cada um sua missão e desempenha pelo seu Ministério, por brevidade e clareza, vamos nos referir unicamente ao Padre. Diante disto, poderíamos nos perguntar: o que ter o Padre como aquele que preside as celebrações litúrgicas? Numa resposta simples: um homem de fé, um mistagogo e, no coração, um grande amor à comunidade.
Aquele que anima a pastoral
a comunidade se alegra com a presença do Padre na reunião, para estar junto, apoiar, planejar a pastoral, preparar e avaliar as celebrações, crescer como grupo e formar-se liturgicamente. A ação do Padre torna-se necessária e decisiva. Ele é que inicia os paroquianos no jeito de celebrar e no gosto da participação. Sem ele, a equipe de liturgia sente dificuldades de realizarem sua missão.
Aquele que vive da fé – a liturgia é sua experiência primeira e fundamental de oração. O Padre percebe na celebração dos sacramentos o verdadeiro sentido de sua vida cristã e, pelo serviço pastoral, na paróquia colhe seus frutos. Quando preside uma assembleia é chamado a ajudá-la a fazer sua a oração da Igreja. Ao alimentar-se da fé e da esperança, provê alimento espiritual para a comunidade. Assim, na pessoa e presença do Padre, a Igreja se encontra unida num só coração e numa só alma na oração de Jesus ao Pai.
Aquele que conduz ao Mistério – iniciado na vida cristã é chamado a conduzir sempre mais à presença do Senhor aqueles que lhe foram confiados. Sua intimidade com a Palavra de Deus o torna discípulo do Mestre e torna cada celebração comunitária autêntica aliança de Deus com o seu povo. Fazendo da Palavra e da Liturgia alimento cotidiano de sua vida espiritual, leva a outros para dentro do Mistério do qual ele, por primeiro, fez experiência. Homem mistagogo, é inspirado pelo Espírito Santo.
Pe. Alisson Marlon
Assessor da Pastoral Litúrgica