No dia 09 de outubro, dois dias após a Festa Litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, celebrada dia 07 de outubro, o Santuário Diocesano, em Rio Claro do Sul – Mallet, que tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário, voltou a acolher os peregrinos para as Romarias.
Interrompidas por dois anos, devido a Pandemia, a Romaria que está na sua 21ª edição acolheu diocesanos da maioria das paróquias da Diocese. Ainda antes das 8h da manhã fiéis chegavam ao Santuário, alguns com veículos próprios, outros, com caravanas das paróquias que traziam pessoas das mais distantes comunidades da Diocese.
Mesmo com a preocupação da instabilidade do tempo que por dias vinha trazendo chuvas, o domingo foi agraciado com um céu claro trazendo o sol desde a manhã, acolhendo os mais de 2 mil romeiros. O sol foi intenso, inclusive no momento da procissão, às 11h, em que os Romeiros peregrinaram com a imagem de Nossa Senhora, do Santuário até a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, situada a uns 800 metros da igreja.
Para amenizar a temperatura, a chuva veio durante a celebração da missa, da qual os romeiros participaram no lado de fora do Santuário, debaixo de tendas armadas, devido ao grande número de pessoas, contudo, creditado por alguns fiéis como sinal da Intercessão de Nossa Senhora, a forte chuva cessou ainda antes do final da celebração, colaborando para que todos pudessem melhor voltar para suas casas, seguindo o caminho de 9 km, ainda de estrada de chão, entre o Santuário e a BR 476.
Se o clima meteorológico favoreceu ao bom andamento da Romaria, a programação e a preparação prévia motivada nas paróquias favoreceu ao que de mais especial se busca para um Romeiro – alcançar e agradecer as Graças recebidas.
O dia foi programado com a récita do terço dentro do Santuário, conduzido por religiosos e religiosas, enquanto do lado de fora, na tenda, outros ouviam a história do Santuário Diocesano, a Devoção a Nossa Senhora do Rosário e testemunhos de graças alcançadas que emocionavam as pessoas e as davam suporte na fé. A Procissão até a Gruta foi um ato também de reflexão e de intimidade com Maria por meio da oração do Terço, pendurado nas mãos de crianças, idosos, homens e mulheres. No pátio do Santuário, Pastorais e Movimentos apresentavam seus serviços em pequenas barracas. Ali muitos ficavam sabendo do trabalho realizado pelos Movimentos tendo ainda a possibilidade de adquirir material explicativo, livros e objetos de devoção.
O momento alto da Romaria foi a Celebração da Santa Missa, presidida por Dom Walter Jorge, bispo diocesano, e concelebrada por padres da Diocese.
Dom Walter falou da importância das Romarias e exortou ao pedido que o Papa Francisco pede à Igreja para ela ser uma Igreja Missionária, expressão da ação de Jesus, que ia ao encontro das pessoas. “Lembramos das Romarias de tantos povos, de todos os tempos, as Romarias do Antigo Testamento, quando o Salmista diz, expressando a alegria do povo quando avistava Jerusalém – ‘Que Alegria quando ouvi que me disseram – vamos à Casa do Senhor’. É assim a alegria de quando o romeiro “sai do Templo”. O Papa Francisco tem insistido que a Igreja não pode ficar restrita ao Templo, ela tem que sair, mostrar seu rosto. A Igreja existe para ser peregrina nesse mundo e missionário ao mesmo tempo”, exortava o bispo.
Ao comentar sobre o Evangelho, da cura dos dez leprosos, Dom Walter explicou o sentido do milagre, dizendo que Jesus ao fazer um milagre queria mostrar algo muito maior do que a cura física. “Um dos leprosos, o único que voltou para agradecer, e nem era judeu, do povo eleito, viu em Jesus alguém maior do que um profeta, do que um homem que fazia milagres, mas sentiu que Deus falava com ele através de Jesus. O homem fez o caminho de volta depois de ser curado, voltou para Deus. Assim nós, não podemos apenas fazer um encontro com Jesus, mas sermos seguidores dele e missionários dele”, motiva Dom Walter Jorge.
Expressando nessas palavras o caminho que os romeiros buscam, o encontro com Deus, a conversão, o seguimento do Cristo, ao final da celebração Dom Walter Jorge deu a Bênção Apostólica e a Indulgência Plenária, que foi anunciada na divulgação da Romaria para que os fiéis se preparassem para a receber. Entre uma das condições era o arrependimento e a renúncia de todo e qualquer apego ao pecado.
Assim, durante toda a romaria, os padres atenderam confissões dos peregrinos para que, fazendo as devoções, confessados, participando da Santa Missa e Comungando da Eucaristia, poderiam alcançar, por Graça Divina, a Indulgência – remissão das penas causadas pelos pecados. “Quando pecamos, por causa do pecado perderíamos a Salvação. O pecado nos atribui uma pena eterna e uma pena temporal. A pena eterna Jesus pagou na cruz por nós, do contrário não teríamos acesso ao céu. Mas as penas temporais, os danos causados pelo pecado devem ser purificados no purgatório. Mas a Igreja, pela Comunhão dos Santos, a qual cremos, pode nos dar a Indulgência, nos dando a remissão dessas penas”, explicou o bispo.
Assim, recebendo a bênção da Igreja por meio do bispo, e a Indulgência Plenária, a celebração se encerrou, com os mais de 2 mil peregrinos retornando para suas casas, agradecidos pelo dia que viveram, e pelas Graças que alcançaram na 21ª Romaria Diocesana.
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Diocese de União da Vitoria – PR
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