Um assunto que despertou a curiosidade dos fiéis católicos de todo o mundo foi o Sínodo de 2023 convocado pelo Papa Francisco. O Evento que acontece em três fases, sendo a primeira nas Dioceses; a segunda a nível continental; e a terceira em Roma, pretende como pede o Papa, reunir reflexões de diversas vozes da Igreja e da sociedade para ajudar a Igreja a discernir e caminhar com sua missão evangelizadora nos novos tempos em que ela se encontra.
Vivendo a primeira fase do Sínodo, na Diocese de União da Vitória o Instituto de Filosofia e Teologia Santo Alberto Magno, do Seminário Diocesano, promoveu sua Aula Inaugural das atividades acadêmicas de 2022, com o Tema do Sínodo, trazendo maior esclarecimento aos diocesanos sobre a natureza, a dinâmica e os objetivos deste acontecimento, convocado pelo Papa.
A Aula Inaugural se deu na igreja do Seminário Diocesano, na sexta-feira, 25 de fevereiro, e contou com membros do clero da Diocese, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos de algumas paróquias. Também Dom Walter Jorge, bispo diocesano, se fez presente.
A abertura da Aula Inaugural foi dada pelo padre João Henrique Lunkes (no canto esquerdo da foto), direto de Estudos do IFTESAM.
Apresentado pelo padre João Henrique Lunkes, Diretor de Estudos do Seminário, o convidado para ministrar a Aula foi o professor Diogo Marangon Pessoto, Doutor e Teologia pela PUC – RIO, da cidade de Curitiba – PR.
Falando da distinção entre Sínodo e Sinodalidade, o professor iniciou sua colocação explicando que Sínodo é um evento eclesial a partir de um tema relevante e abrangente, representativo, e a Sinodalidade é a concretude da comunhão na Igreja, modo pelo qual se dá a participação ativa de todo o Povo de Deus na vida e na missão da Igreja.
Esta busca de caminhar juntos, dizia o professor, sempre foi uma preocupação presente na Igreja, mas que segundo ele na história nem sempre se expressava com o uso da palavra Sínodo, contudo, o “espírito” da expressão sempre esteve presente. “O termo Sínodo não é inédito, ele já foi anunciado na Igreja desde o século 19 sob o imperativo da expressão Comunhão. Assim como no Concílio Vaticano II e também depois, São João Paulo II no Documento Novo Millennio Ineunte, não vemos o uso da palavra Sínodo, mas estava ali a disposição da Igreja em caminhar em comunhão, falando aos fiéis que todos são responsáveis pela missão”, explicava o professor.
Ainda segundo Diogo, o Pontificado de Francisco traz a Sinodalidade como fio condutor do seu magistério, sendo o programa de seu pontificado. Marcando com suas atitudes o compasso ao qual pensa que a Igreja deve caminhar no momento atual, com o Sínodo o Pontífice deseja atingir nos fiéis uma conversão de vida, que se dá em sete conversões, expostas também em Documentos lançados em seu Pontificado.
“A finalidade de Francisco é uma conversão sinodal, que supõe 7 conversões: Uma conversão pastoral, expressa na Evangelii Gaudium; uma conversão ecológica, expressa na Laudato SI; uma conversão moral, expressa no Amoris Laetitia; uma conversão pessoal, presente no texto da Gaudete et Exsultate; uma conversão comunicacional, na Christus Vivit; uma conversão cultural, transcrita no Documento Querida Amazônia; e uma conversão social, que expôs na Fratelli Tutti”, citava o palestrante.
Ao final das suas colocações, respondendo a perguntas dos participantes, professor Diogo partilhou que a pedagogia de Francisco é o que chama de pedagogia às avessas, percebendo que o Papa primeiro dá o testemunho, mostra por onde ir, e depois confirma sua postura nos Documentos que publica, dizendo que o modo de vida, de ser, de se relacionar é o que primeiro contagia e converte; depois se pode falar e doutrinar sobre o que se quer.
A Aula Inaugural que teve início às 19h30, se encerrou às 21h30. Um vídeo gravado pelo Setor de Comunicação da Diocese, com o professor Diego falando resumidamente sobre o Sínodo estará disponível nas redes sociais da Diocese no mês de março.
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