Por, Diácono Alisson Marlon
A vida humana é feita de encontros: consigo mesmo, com os outros, e acima de tudo, com Deus. Ao estarmos diante dos outros devemos manter uma condição de diálogo, no falar e no escutar.
A relação da família com a Liturgia é de intenso diálogo, pois reflete a relação de Deus com a Igreja, que somos todos nós. Nesta vivência da fé em comunidade, por gestos, símbolos e ritos louvamos a Deus e somos santificados.
É na reunião de toda a comunidade no Dia do Senhor, dia da Ressurreição, que Cristo está presente, vivo e real: Ele mesmo, em pessoa. Disso não se tem dúvidas! (cf. Lc 24,39). Seu encontro é sempre celebrado com os que se reúnem em comunidade, como quando se apresentou aos discípulos reunidos (cf. Jo 20, 19.26) e aos discípulos de Emaús (cf. Lc 24,45-46).
É na comunidade de fé reunida que saboreamos a presença do Senhor, comungamos de seu Mistério e da comunhão de toda a Igreja, na mesma missão de dar testemunho daquilo que acreditamos.
É como “família de Deus” que nós cristãos, através da escuta da Palavra e da comunhão fraterna, celebramos a morte e Ressurreição do Senhor, até que Ele venha.
Os sacramentos em nossa vida
A Igreja, como primeiro sinal da presença de Deus em nosso meio, faz parte dos momentos mais importantes da vida de cada fiel, desde seu nascer ao seu desfalecer.
Se nascemos para a vida natural, pelo Batismo nascemos para a vida sobrenatural. Crescendo na caminhada de fé, membros da família: filhos e netos vão se tornando adolescentes e jovens, e recebem a Crisma, sacramento do Espírito Santo, para testemunharem a fé. Nesse processo, a Igreja também os coloca em contato com um alimento espiritual, que é a Eucaristia.
Na decisão de um estado de vida, quem vai para a vida de casado recebe o Sacramento do Matrimônio para continuar a história familiar de seus pais e ter força de viver o casamento, constituindo uma família, educando os filhos, e vivendo a fidelidade conjugal. Quem opta pela vida celibatária, servindo exclusivamente ao Reino de Deus, recebe então o sacramento da Ordem.
É na família que nascem as vocações sacerdotais e religiosas. Sem família não há vocações. A família é o primeiro terreno onde a semente vocacional deve ser plantada com muito carinho.
Enfrentando o mundo do pecado, o Sacramento da Confissão vem para tirar nossa culpa, e limpar nossa alma. E quando estamos doentes, temos o socorro da Unção dos Enfermos, que nos ajuda a enfrentar as doenças físicas e espirituais.
Assim, pelos sacramentos, toda a vida dos membros de uma família é acompanhada pela graça de Deus.
A Palavra de Deus é o caminho
Também toda família é convocada a escutar, viver e anunciar a Palavra de Deus. É à luz desta Palavra que ela realiza sua caminhada de fé. Eficaz e transformadora, nos encoraja a viver a fé em todos os lugares.
Uma vez que não podem ou não têm a possibilidade de participar da Santa Missa, muitas famílias participam da Celebração da Palavra, e nela são chamadas a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a Comunhão Eucarística, para fazer crescer o amor e tornarem-se cada vez mais um templo do Espírito Santo.
Que a Sagrada Família de Nazaré auxilie todas as famílias a participarem de modo mais ativo, consciente e frutuoso da ação litúrgica, especialmente da Eucaristia, fonte da vida cristã.
Referências:
– Bíblia Pastoral;
– Diretório da Pastoral Familiar.
Por, Diác. Alisson M. de Moura
Par. São Mateus
São Mateus do Sul – PR