Natural da cidade de São Mateus do Sul e moradora da Vila Nepomuceno, comunidade situada na entrada da cidade, como quem vem de União da Vitória, Juliana Krichaki pertence à paróquia Nossa Senhora Aparecida e Czestochowa, e há três anos vem sentindo um apelo à Vida Religiosa.
Filha do casal Gildo e Ilza Krichaki, comerciantes, formada em Técnico em Química, que realizou integrado ao Ensino Médio, Juliana conta que tomou a decisão de fazer uma experiência na Vida Religiosa após vários contatos conversando e conhecendo o trabalho das Irmãs. “O primeiro contato foi uma visita às Irmãs que trabalham em São João do Triunfo, apenas para passar um dia com elas. Depois, na igreja onde participo em minha comunidade, as vezes vinham irmãs dar formações para a Catequese e outros cursos e aos poucos fui tendo um contato maior com as Irmãs da Sagrada Família, vendo panfletos da Congregação. No final de 2018 fui com o padre João Henrique, em uma das Casas das Irmãs, em Ponta Grossa para conhecer melhor”, relata a jovem.
Após a visita ao Colégio das Irmãs, Juliana conta que o desejo começou a aumentar, quando intensificou as orações pela sua decisão. “Neste tempo fui trabalhando o sentimento e rezando sempre. Também o padre Fabiano, que atua em São João do Triunfo passou meu nome para a Mestra das Postulantes da Congregação da Sagrada Família, que entrou em contato comigo para fazer um retiro, o qual fiz no final do ano passado”, diz ela.
Filha única, Juliana que hoje está com 20 anos, diz que também foi muito importante a visita das Irmãs a seus pais, para explicar o processo de discernimento e caminhada no Convento. “As Imãs fizeram uma visita a meus pais para os deixar mais tranquilos. Eu nunca saí de meu lugar, é uma mudança grande o passo de sair de casa, mas me veio uma confiança, uma tranquilidade no coração. Sinto que isto é um chamado de Deus por tantas coisas que Jesus vem me mostrando”, comenta ela sorrindo.
Tal testemunho, a jovem partilhou também na missa de sua comunidade nos dias 02 e 03 de janeiro, uma semana antes de ir para o Convento, e contou com o incentivo do padre de sua paróquia, João Henrique Lunkes, que durante os três anos que atua na Comunidade pôde acompanhar a caminhada de discernimento da jovem. “Ela sempre ajudou na comunidade, na liturgia, nas festas com o grupo de jovens e na Catequese. É um motivo de muita alegria, e digo que ela sim é uma vocacionada à vida religiosa. Ela deixa a paróquia, a família, não num abandono, mas tomando para si um carisma que vai ajudar ela a desenvolver todas as virtudes que possui”, testemunha o padre.
Para o padre, é muito importante perseverar na oração, pois, os frutos vem com o tempo. Segundo ele, as orações pelas vocações feitas antes das missas e encontros são uma força importante para ajudar a surgir novas vocações. “É uma alegria para a nossa paróquia que já tem algumas irmãs religiosas de algumas comunidades do interior, contar com o sim da Juliana agora, que reside na matriz. Nós estamos em uma campanha permanente de oração pelas vocações antes das missas e encontros, e vamos vendo ao longo do percurso que as orações são ouvidas por Deus. O fruto das orações ao longo do tempo vai sendo produzido na Graça de Deus”, professa o padre.
Ao final da santa missa, após a comunicação da ida da jovem para o Convento, padre João Henrique explicou à comunidade que o processo se dá ainda no discernimento, por isso a importância da comunidade se manter em oração. “É importante a comunidade saber que essa fase da Juliana é como de um seminarista que ingressa no Seminário. Ainda que vá com um desejo, é um período de discernimento para melhor conhecer e descobrir se é mesmo sua vocação. Por isso peço que toda a comunidade reze por ela nesse período que estará com as Irmãs”, pediu o padre, que a partir de fevereiro será transferido para o Seminário Diocesano, em União da Vitória.
Juliana também confirma que o ingresso no Convento é um passo para ajudar a ter maior clareza de sua escolha ou não pela Vida Religiosa. “É todo um caminho a trilhar ainda. Se for essa a vocação, só irá aumentar a certeza”, testemunha ela.
A jovem viaja no dia 10 de janeiro para Campo Largo – PR, em uma das Casas das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, onde funciona o Aspirantado.
Etapas da Vida Religiosa:
Ao ingressar na caminhada de formação da Vida Religiosa, tendo o Ensino Médio completo, a candidata a Vida Religiosa passa em torno de 1 ano no Aspirantado; 1 ano no Postulantado; e 2 anos no Noviciado, quando ao final destes dois anos faz os Primeiros Votos, iniciando o tempo chamado Juniorato, o qual tem duração de 5 anos. Durante estes cinco anos, a religiosa é encaminhada para uma comunidade (paróquia) ou Instituição onde irá realizar trabalhos pastorais e outros estudos. Ao final dos cinco anos de Juniorato, professa o Votos Solenes, quando se consagra definitivamente à Vida Consagrada.
Texto e Fotos: Marcelo S. de Lara
Setor de Comunicação
Diocese de União da Vitória – PR