Muito disposto e atuante na paróquia São Cristóvão e Nossa Senhora da Salette, em União da Vitória, onde trabalha como vigário paroquial, padre Clorálio Caimi, completou no domingo, 18 de outubro, 100 anos de vida.
.Expressando gratidão pelo seu vigor e em estar sempre pronto nos trabalhos paroquiais, ainda no sábado, 17 de outubro, véspera do aniversário, a comunidade paroquial, na representação de membros do Conselho, lideranças de Pastorais, Movimentos e Organismos da paróquia, junto com o padre Alfredo Celestino e padre Clodoaldo Tenório, organizaram uma bela celebração, mesmo dentro dos cuidados com a Pandemia da Covid-19.
A missa do sábado que se deu às 19h, foi presidida por Dom Walter Jorge, bispo diocesano e concelebrada pelos padres da Paróquia da Salette, tendo ainda a presença do padre Ildefonso Salvadego, Provincial da Congregação. Ao canto do tradicional “Parabéns pra você”, a comunidade agitava balões coloridos enquanto um pequeno bolo era levado ao padre Caimi no presbitério.
Segundo o pároco, padre Alfredo, a intenção era fazer uma festa maior tendo em vista que padre Caimi é o primeiro padre dentro da Congregação no Brasil a completar 100 anos de vida. Contudo, a Pandemia não favoreceu. “Devido a pandemia, até mesmo membros da família foram poucos. Uma vez que não dá para fazer algo maior, a paróquia preparou um bolo para distribuir aos fiéis no final da celebração e para o domingo foi preparado um almoço somente com os familiares”, explicou o pároco.
Convivendo e trabalhando juntos há um bom tempo, padre Alfredo relatou sua admiração pelo padre Caimi, destacando sua humildade, alegria e mansidão. “Ele é um padre muito humilde. A segunda coisa é a sua mansidão. Ele quase não se irrita. E é um padre muito alegre. Ele é um padre idoso que nos dá muita alegria. Algo que ele não quer deixar de fazer é celebrar a missa, e faz questão em presidir”, partilhou padre Alfredo.
Confirmando as palavras do pároco, em entrevista ao Site da Diocese, padre Caimi disse que a missa para ele é um dos momentos valorosos de encontro com Deus. E quanto a sua idade, disse que não se sente com cem anos; a vida é boa e é preciso cuidar dela. “A missa para mim é um momento de encontro com Deus Pai, com Jesus Cristo e com Nossa Senhora. Graças a Deus eu não tenho nenhum problema de saúde, estou fazendo cem anos, mas não me sinto com essa idade. A vida é um Dom de Deus. Devemos ser capazes de não prejudicarmos a nós mesmos, fazendo coisas erradas como alguns fazem, mas fazer coisas que agradem a Deus”, testemunhou o padre.
Natural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul, filho de imigrantes italianos e membro de uma família de onze irmãos, padre Caime ainda tem uma de suas irmãs vivas que está com 102 anos, e também é consagrada a Deus como Irmã Religiosa na Congregação das Irmãs de São José.
Ainda em conversa ao site da Diocese, à distância, em seu quarto, quase uma biblioteca, sorridente padre Caimi falou do seu gosto pelo trabalho e do motivo pelo qual se dedica ainda com tanto entusiasmo pela Igreja. “Graças a Deus estou vivo ainda; me sinto bem. Se continuar assim posso trabalhar mais um pouco ainda. O trabalho faz muito bem para a saúde quando nós cuidamos da própria vida. Ainda celebro, tenho consciência do que estou fazendo, e faço do melhor modo possível. Tem muitas pessoas que gostam de ver a celebração da gente, ainda mais pela idade em que estou. Muitos se admiram e gostam de ver essa dedicação. Para eles é algo especial e para mim também”, partilhou o aniversariante.
Em dezembro deste ano, padre Clorálio Caimi completará 74 anos de sacerdócio e segundo ele, deseja continuar sua vida em União da Vitória, local onde sente-se em casa e feliz.
Texto: Marcelo S. de Lara
Setor de Comunicação
Foto capa e Galeria: Lindamir Varela
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