Além do trabalho espiritual oferecido pela paróquia, com as celebrações, as orações individuais do padre e de seus fiéis, a Igreja São Carlos Borromeu, da cidade de Paula Freitas, se mobilizou para prestar um serviço social à população confeccionando máscaras para proteção contra a Covid-19.
A iniciativa brotou do próprio pároco, padre Marcelo Antônio Rosa, que sentiu a necessidade de ajudar mais o povo indo além do aspecto espiritual. “Estava um dia pensando como poderia ajudar mais, indo além das celebrações e orações pelo povo e me veio a ideia de fazer algumas máscaras. Tentei na mão mesmo produzir e fiz algumas apenas para testar, e deu certo. Mas vi que fazer uma grande quantidade demoraria e fui atrás de pessoas que pudessem me ajudar”, conta o padre dizendo como surgiu a ideia.
Conseguindo doações de tecidos, o pároco comentou com algumas pessoas, que se disponibilizaram em ajudar, mal esperando ele que uma delas ainda lhe emprestaria uma máquina de costura, na qual o próprio padre começou a confeccionar algumas máscaras. “Já que não podemos visitar os doentes, benzer alimentos, visitar o povo, essa máscara é um abraço da paróquia, um gesto de carinho, de gratidão por eles cuidarem da paróquia. E o fato de eu fazer, eu queria pôr a mão ali e fazer, saber que eu fiz, e sentir que estou ajudando de verdade, de alguma forma. Nosso abraço é esta máscara que vai proteger as pessoas, as famílias”, externou ele.
Além de fiéis paroquianos que ajudaram com material, a confecção, e o empréstimo da máquina de costurar, padre Marcelo conta também com o trabalho de duas outras pessoas da cidade de União da Vitória.
Outro motivo que sensibilizou o padre a realizar a ação foi o empenho dos paroquianos em continuar ajudando a paróquia nas contribuições financeiras mesmo com a ausência de alguns atendimentos. Além de perceber esta sensibilidade e doação do povo pela Igreja, padre Marcelo agradece por não haver nenhum caso do coronavírus na cidade até o momento, mas diz que o papel de ajudar na prevenção independe disto. “Mesmo nós celebrando a portas fechadas, o povo não deixou de ajudar. Existe aquela consciência formada mesmo no povo de que a Igreja precisa da ajuda que vem deles. E apesar de não ter nenhum caso em Paula Freitas me preocupo em cuidar do nosso povo, para que eles fiquem bem de alguma forma”, partilha o pároco.
As máscaras produzidas na paróquia são encaminhadas para as famílias dizimistas e também estão à disposição no escritório da paróquia. Todas elas são embaladas e higienizadas. Até o fechamento desta matéria haviam sido distribuídas mais de 300 máscaras, contando com as confeccionadas pelo próprio padre.
Texto: Marcelo S. de Lara
Setor de Comunicação
Diocese de União da Vitória
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