Dos dias 04 à 08 de fevereiro, o clero da Diocese de União da Vitória realizou o seu retiro anual. O momento aconteceu na Casa de Retiros Josafata Hordashevska, das Irmãs Ucranianas, em Ponta Grossa – PR, e as reflexões durante os quatros dias foram conduzidas por Dom Amilton Manoel da Silva, (CP), Bispo Auxiliar da arqui(diocese) de Curitiba. O tema conduzido pelo pregador foi: ‘A espiritualidade presbiteral à luz das Bem-Aventuranças’.
Participando como padre pela primeira vez do Retiro, padre Ronaldo Adriano Rodrigues, vigário da paróquia Santa Bárbara, em Bituruna, comentou que já refletiu muitas vezes o texto das Bem-Aventuranças, mas nunca na ótica proposta pelo pregar.
“Sempre estamos em contato com esse texto, que está tanto em Mateus quanto em Lucas, mas nunca tinha parado para ler e rezar contemplando a espiritualidade do padre.
Pudemos nos colocar diante de nós mesmos tendo as Bem-Aventuranças como um caminho para chegar até Deus e aos irmãos. É a dinâmica do espelho”, partilhou o padre mais novo da Diocese.
Entre as Bem-Aventuranças expostas pelo pregador, padre Ronaldo destacou a da Mansidão, como a que mais lhe tocou o coração. “Diante de um mundo tão violento, com ansiedade, nervosismo e lamentação, Jesus nos propõem a mansidão como um estilo de vida, como sinônimo de equilíbrio das emoções, como maturidade. Cabe destacar que a mansidão não é uma postura dos indiferentes, mas, daquele que propõem, e não, impõe”, lembrou ele.
Vendo o retiro como um tempo de encontro com Deus, consigo mesmo, e de traçar caminhos para o encontro com o próximo, padre Ronaldo destaca a importância de também leigos buscarem esse espaço de contemplação. “Quem tiver a oportunidade de um dia fazer um retiro espiritual, os nossos leigos, deve aproveitar. Isso certamente vai ter um reflexo muito positivo na caminhada de vida na Igreja, um momento bonito de encontro com Deus…Será um tempo de amadurecimento na fé”, motivou padre Ronaldo.
Outro sacerdote que também participou do retiro foi o padre João Henrique Lunkes, da paróquia Nossa Senhora Aparecida e Czestochowa, de São Mateus do Sul. Segundo ele, mesmo o sacerdote fazendo o encontro com Deus por meio do seu trabalho pastoral é importante ao padre ter esse espaço íntimo pessoal com Deus. “O retiro sempre nos traz uma experiência particular e muito íntima com Deus”, define o padre.
Explicando a dinâmica do Retiro, padre João Henrique comenta que além das reflexões do pregador, um espaço de silêncio era dado ao clero para que cada um pudesse fazer sua interiorização, além de outros momentos devocionais e de celebração que ajudavam no andamento do retiro. “Dom Amilton não gostava muito de chamar de pregação, mas de iluminação. À cada dia nós tínhamos algumas iluminações que refletíamos sobre cada uma das Bem-Aventuranças, num olhar para a espiritualidade do padre. E depois de cada iluminação, nós tínhamos um momento de oração pessoal, de silêncio, de recolhimento, analisando a vida e tendo oportunidade de mudar”, lembrou ele.
Recordando as reflexões de Dom Amilton, padre João destacou a bem-aventurança da Misericórdia, lembrando o quanto Deus pede para que todos sejam misericordiosos. “Esta bem-aventurança foi a que mais me marcou como oportunidade para eu aplicar na minha vida e no meu ministério; rever aquilo que pode ser mudado e melhorado na minha vida, com meus irmãos no ministério e com os fiéis que estão sempre comigo no meu trabalho”, refletiu assim, padre João Henrique.
Além dos retiros anuais, alguns membros do clero da Diocese também priorizam retiros particulares durante o ano, visitando espaços como mosteiros, casas religiosas ou outros locais que favorecem a um recolhimento pessoal.
Matéria: Marcelo S. de Lara
Setor de Comunicação
Diocese de União da Vitória – PR